O tecido empresarial, em Portugal, é composto por 99% de PME’s (pequenas e médias empresas) e a maioria destas são microempresas (ou seja, menos de 10 trabalhadores). Somos um povo e um país empreendedor pelo impacto que as mesmas têm para o contributo de riqueza no país. Os serviços, agricultura e indústria continuam a prevalecer no tecido económico.
O tecido empresarial, em Portugal, é composto por 99% de PME’s (pequenas e médias empresas) e a maioria destas são microempresas (ou seja, menos de 10 trabalhadores). Somos um povo e um país empreendedor pelo impacto que as mesmas têm para o contributo de riqueza no país. Os serviços, agricultura e indústria continuam a prevalecer no tecido económico.
Nos últimos anos temos vindo a surgir um boom de um ecossistema na área de base tecnológica. E, Portugal tem-se tornado um player internacional nesta área.
Tudo se mede por resultados. E, desde 2010, Portugal fabricou 7 unicórnios (empresas avaliadas em mais de 1 Bilião de dólares), mesmo que algumas estejam alojados em outros países. Os fundadores são portugueses e trazem uma reputação e notoriedade para o nosso país.
Na última década foram criadas 400.000 empresas em Portugal, sinal de vontade de mudança e de grande vitalidade das pessoas que reconfigura o tecido económico. No entanto, só 50% destas empresas conseguem sobreviver além de 5 anos.
A maioria destas empresas dedicam-se à área do imobiliário e construção, mesmo que continuemos com o problema da habitação por resolver; transportes (associado ao transporte de passageiros, sobretudo no período pós-covid). O comércio a retalho tem perdido peso no tecido empresarial.
O Franchising é uma rede de suporte com um serviço de apoio à gestão e formação e um modelo, previamente, já testado, com economias de escala. Este é um caminho e uma via alternativa, viável ao crescimento de novos negócios. Obviamente, que neste caso, há um custo na entrada e depois taxas como sejam royalties e marketing.
As marcas próprias (não pagam qualquer franquia de entrada ou royalties) tem mais a ver com o perfil das pessoas e o risco associado. Não tendo uma marca reconhecida no mercado, terão custos variáveis para se impor no mercado e a notoriedade da marca seja uma realidade.
A capacidade de investimento, liderança e decisão é relevante para avançar, para empreender e passar pelas dores de início e consolidação no mercado.
A Banca tem um papel relevante na criação e prosperidade de novas empresas. As entidades bancárias avaliam o risco inerente ao negócio que está a ser apresentado. É fundamental que o negócio seja acompanhado por um bom Plano de Negócios, realista e ambicioso. O histórico da(s) pessoa(s) que estão na génese do negócio é relevante e vai interessar, caso desejam recorrer a um financiamento bancário, em função das necessidades de investimento.
É preciso, sempre, capital próprio, de pelo menos, 25% das necessidades para que o negócio possa prosperar porque, é evidente, sinal de que acredita, tem confiança e crença no negócio.
Aproveitar a rede de incubadores e aceleradoras são sugestões relevantes a ter em conta no início do caminho do empreendorismo.
Paixão pela ideia de negócio; acreditar; capacidade de resiliência; reunir à sua volta de pessoas que saibam mais que o próprio são ingredientes fundamentais para o sucesso de um empreendedor.
Artigo de opinião
Ricardo Luís
Originalmente publicado em O LOUZADENSE - N.º 123 de 20 de Junho de 2024