INSATISFAÇÃO COM A VIDA FINANCEIRA

INSATISFAÇÃO COM A VIDA FINANCEIRA

Falar de finanças e de vida financeira é um não assunto. É um tema incomodativo e que não se quer falar. Gera mesmo ansiedade!
É reconhecido, que o nível de literacia financeira é baixo, independente do estrato social ou faixa etária. Felizmente, ao nível escolar, começa a haver uma grande preocupação com o tema e têm sido introduzidas aulas no Ensino Secundário sobre Literacia Financeira.

Falar de finanças e de vida financeira é um não assunto. É um tema incomodativo e que não se quer falar. Gera mesmo ansiedade!

É reconhecido, que o nível de literacia financeira é baixo, independente do estrato social ou faixa etária. Felizmente, ao nível escolar, começa a haver uma grande preocupação com o tema e têm sido introduzidas aulas no Ensino Secundário sobre Literacia Financeira.

Pagar as contas e cumprir as obrigações financeiras é o padrão do comum do português. O sobre endividamento está associado a comportamentos de consumo descuidados e imprudência financeira, sendo também uma fonte de estigma social e preconceito, o que coloca pressão sobre as condições de vida das pessoas.

(In)felizmente, há um excesso de cartões de fidelização associado a cartões de crédito. O processo é demasiado simples e, infelizmente, não há a preocupação com as letras pequenas associados à subscrição do referido cartão.

É necessário perceber quais os juros associados; quais as despesas associadas ao cartão a 3, 6, 12 meses. Todas estas informações são compiladas na Base de Dados do Banco de Portugal. Recomenda-se que verifiquem, no Portal do Banco de Portugal, todos os cartões que têm em seu nome e vosso agregado familiar. E se os mesmos, fazem mesmo sentido? Ter um cartão tem custos! Nada é grátis.

Há necessidade de investir na informação financeira e ler as letras pequenas dos contractos com entidades bancárias e cartões de fidelização associados a cartões de crédito.

O nível de conhecimento financeiro está em níveis baixos comparados com os países da União Europeia.

Mais de metade dos portugueses assume ter demasiadas dívidas, com valores altos face aos seus rendimentos. E não tem um fundo de emergência, sendo o nível de poupança muito baixa.


Artigo de opinião
Ricardo Luís

Originalmente publicado em O LOUZADENSE - N.º 124 de 4 de Julho de 2024

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